TRABALHO OBSCENO – GUITAR TECH JOB #XXX
Hoje relembro a finalização (até que enfim) do projeto de guitarra FRANKENSTRAT. Como o título deste post diz, é um projeto que demorou demaaaaais para que eu conseguisse terminar (como de costume), mudei de idéia várias vezes no meio do caminho (como de costume) e fiquei indeciso em 90% do tempo (como de costume!). Por isso a obscenidade do projeto. E o nome FRANKENSTRAT faz referência ao grande personagem Frankenstein…ou seja, essa guitarra tem o corpo de uma, o braço de outra, captador de várias…e por aí vai.
Essa é essencialmente uma guitarra que depois que a quebrei em um show da minha antiga banda GUIMGAMPS, abandonei na oficina. Mas nos ultimos 3 anos comecei a finalizar a remontagem dela. Trata-se de uma guitarra Dolphin Fly anos 1980, com corpo de Cedro e uma densidade / peso muito sensacional…o que me animou muito.
A história em torno dela é longa…desde a compra que fiz dela, nas mãos do meu amigo Johnny Fux (João Ricardo), até esse derradeiro show (o Ronaldo Treta deve ter o braço original dela até hoje…rs!), rolou muita coisa e muitas mudanças. A mais drástica e peculiar foi o braço. O braço original dela, dei de presente ao meu amigo Ronaldo (Ronaldo Treta – KISS Lover) no dia em que a quebrei, no antiiiiiigo ORCA´S BAR, aqui em Vinhedo mesmo. Depois de muito tampo, o Tomas Mattioli, meu brother batera da Guimgamps, encontrou um braço de uma strato Squier II no lixo (!!!). Ele me deu de presente e decidi que usaria esse braço nessa guitarra de qualquer maneira. Não preciso nem dizer que as dimensões do braço em relação à guitarra eram totalmente fora…
Bom, para resolver isso, troquei a escala original por uma nova de maple, refiz os cálculos para os trastes e finalizei o braço. Trastes jumbo novinhos, sem marcação de escala, acabamento verniz fosco PU, rebaixadores de cordas novos estratégiacamente posicionados e um locking nut novo de 41mm da GOTOH. Tarraxas mantive as originais.
O corpo mantive tudo original, só umas colagens aqui e acolá e um escudo frontal, em acrilico preto, para esconder rachaduras. Parte elétrica do zero, com controles de volume e tom apenas, chaves de acionamento e split para cada captador, independentes e podendo acionar todos eles ao mesmo tempo! Ponte tipo Floyd Rose original dela, apenas com carrinhos “novos” garimpados aqui na caixinha de peças velhas. Captadores Cabrera Overbucker na ponte e Strato Vintage no braço. O captador do meio é original. Fraco, mas deixei de propósito para ter opção.
Cordas optei por SG 0.10 para fazer um teste. Gostei. Mas já precisa de uma troca e vou fazer mais uma experiência, colocando cordas Fender EVH 0.09 / 0.46 (híbrida). Gosto muito de cordas híbridas e essas do EVH são excelentes!